O computador portátil dediciu desfragmentar a pen com as minhas fotografias dos últimos três anos. Fiquei deprimida, como se perder aqueles três anos de imagens eqivalesse efectivamente a perder três anos de vida; aliás, a perder toda a parte feliz desses três anos, porque só essa se fixa normalmente. No inventário de instantes perdidos, doeu-me sobretudo o arco-íris, de um lado ao outro da lezíria, que tinha conseguido surpreender numa manhã de Novembro.
Se calhar começo a perceber que, quanto mais tentamos possuir e guardar as coisas, mais nos arriscamos a perdê-las; devemos sobretudo vivê-las.
1 comentário:
Os arquivos físicos não são fiáveis. Espero que tenhas guardado o arco-íris no arquivo da alma, que além de imagens também guarda, com grande definição, emoções e sensações. Acho que não há nada tão tecnológicamente avançado.
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