De vez em quando, há dias em estado de quase graça. Começam, por exemplo, com um vento igual ao de Santa Cruz nos setembros da minha memória; aprende-se a "levar o tigre para a montanha" e recebe-se o lai-si, como se pudéssemos começar de novo o ano; descobre-se, numa exposição pequenina, o retrato em criança de alguém que conhecemos quarenta anos depois; sorrimos por estar entre amigos que sabem que o silêncio também pode ser aconchegante quando partilhado; e acabam num restaurante, com a coincidência perfeita de ouvir de repente, em fundo, a canção de que se estava a falar.
1 comentário:
Percebo-te perfeitamente... Vale a pena estar vivo por dias assim: cheios de sorte...
Guida
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