quinta-feira, 25 de março de 2021

M de Mesa de Amigos (II)



Era uma vez uma tarde cheia de sol. Não havia um gesto a mais. Nem palavras. Estava alguém num café. Ao sol. Eram pequeninas coisas a ligarem-se umas às outras: desde um copo de água aos teus ombros. […] E o sol a bater em cheio na mesa. E nas mãos. 

[…] E pronto. É assim que se faz a História. Sem palavras a mais. 

[...]


Eduardo Guerra Carneiro, É assim que se faz a história,
Lisboa: Assírio & Alvim, 1973

2 comentários:

Anónimo disse...

acho que nenhumas outras palavras me comovem tanto com estas. a comoção é sempre igual à da 1ªvez que as li, o mesmo sufoco, a mesma sensação do irremediável.
MM

bea disse...

Que lindinha esta mancha de sol sem demasias.