quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A de "até que os fios do coração" (XVII)


"[...]
mora um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas sou inteligente, só o deixo sair
por vezes, à noite
quando todos dormem.
e digo, sei que estás aí,
não estejas triste.
depois coloco-o de volta
mas ele canta suavemente
não o deixo morrer
e adormecemos juntos
assim
com o nosso
pacto secreto
[...]"




Charles Bukowski
traduzido por Fábio Neves Marcelino e ilustrado por Débora Figueiredo
in Fanzine ignota 1, Novembro de 2014

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