terça-feira, 26 de janeiro de 2016

N de "No fundo, é isto" (VI)


Se nos encontrarmos, um dia, eu e a mulher, e ela me perguntar o que mais me importa, dir-lhe-ei que de sobremaneira me importa viver, vencer a morte, e saber se se confirma que só o amor é maior do que esse colapso. Gostaria que, nesse momento, nos reconhecêssemos textuantes, gente que, no mistério da realidade, não tem necessariamente muito a partilhar salvo esse pequeno diálogo que transportamos de lugar em lugar.


Maria Gabriela Llansol, Parasceve
Lisboa, Relógio D'Água, 2001

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