Sempre acreditei que só as palavras
me saíam da boca, e eram elas
que me podiam adiar a morte.
Hoje sei que me sai da boca um fio,
transparente e tenaz como uma insónia,
que te atou à minha vida para sempre.
Amalia Bautista, Estou Ausente,
trad. de Inês Dias,
Lisboa, Averno, 2013
[ID, Santarém | 2017]
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