Ontem jantei outra vez com este poema:
Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
ANTÓNIO RAMOS ROSA
(na parede do Louro & Sal, Bairro Alto)
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