"O vermelho é um instante no tempo. O azul é constante. O vermelho gasta-se depressa. Uma explosão de intensidade. Vibra em si mesmo. Desaparece como faíscas de lume dentro da escuridão uniforme. Para nos aquecermos no longo e escuro Inverno quando o vermelho se ausenta. Recebemos de bom grado o pisco-de-peito-ruivo, e as bagas vermelhas que permitem a vida. Vestido no vermelho Coca-Cola do Pai Natal, aquele que traz presentes. Sentamo-nos à volta da mesa e cantamos "Rudolph the Red Nosed Reindeer" e "The Holly and the Ivy". The holly hears a berry as bright as any blood. Os nossos rostos de Inverno são tingidos de um alegre vermelho. Preservamos o vermelho como uma chama. A vida é vermelha. O vermelho é para os vivos [...]."
Derek Jarman, Chroma,
trad. de João Concha e Ricardo Marques,
(não) edições, 2015
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