MORTE DE UMA ESTAÇÃO
Choveu toda a noite
sobre as memórias do verão.
Ao anoitecer saímos
no meio de um ribombar lúgubre de pedras
e, parados na margem, levantámos as lanternas
para explorar o perigo das pontes.
Ao amanhecer vimos as pálidas andorinhas
ensopadas e pousadas sobre os fios
à espreita de indícios secretos de partida -
e reflectiam-nas na terra
as fontes com os rostos desfeitos.
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