a vida a partir
em cada comboio que passa,
o tempo que se arrasta
na dor metálica dos carris.
é feriado nas mãos,
trago uma canção triste
e o teu rosto no bolso.
Renata Correia Botelho, Um Circo no Nevoeiro, Lisboa: Averno, 2009
(Eu ia escolher o último poema do livro, mas o Barnabé, ao meu lado,
fez-me mudar de ideias)
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