A TUA CASA
A tua casa solta um suspiro de ouro.
Eu espero, num lugar entre a porta e o meu medo,
Que à janela venhas sacudir o teu amor.
Aqui na rua as vizinhas olham-nos das suas varandas,
Recolhem os filhos para dentro das saias,
Escondem-se a sussurrar a minha desgraça.
À minha janela espreita melancólica uma casa.
Eu sempre esperei, sem ver outro dia,
Que espreitasses enquanto me crescem as asas.
David Teles Pereira
1 comentário:
Que poema maravilhoso. Parabéns a quem o escreveu. Um Forte Abraço. R.P.
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