quinta-feira, 5 de novembro de 2009

L de Lar (IV)

Para o F. :



A TUA CASA

A tua casa solta um suspiro de ouro.
Eu espero, num lugar entre a porta e o meu medo,
Que à janela venhas sacudir o teu amor.

Aqui na rua as vizinhas olham-nos das suas varandas,
Recolhem os filhos para dentro das saias,
Escondem-se a sussurrar a minha desgraça.

À minha janela espreita melancólica uma casa.
Eu sempre esperei, sem ver outro dia,
Que espreitasses enquanto me crescem as asas.

David Teles Pereira

1 comentário:

Anónimo disse...

Que poema maravilhoso. Parabéns a quem o escreveu. Um Forte Abraço. R.P.