quinta-feira, 23 de junho de 2011

O de "O mundo está escuro: ilumina-o" (XVI)

LÍRICA DE PARDILHÓ


Então acordo e sinto a meu lado
o esplendor tranquilo
da amada que respira
adormecida deitada sobre o flanco
vertendo a prata dum sorriso

nas ravinas da noite
esferas cantam a alegria
é um sítio de grama rociada

e passam horas
durante as que da rua
ouvindo vozes turvas
eu ficarei teimando
na claridade a todo o preço

de que me falam as aves


- Fernando Assis Pacheco

Sem comentários: