DA LARGURA DO MAR APENAS SABE O MEDO
mas há barracas às cores, toldosàs cores, cores disfarçando
a tristeza do mundo, a repressão,
o rancor ancestral do indignado,
COMO A PRATA, o homem dos gelados
com o seu carrito como uma vinheta branca e anil,
os guarda-sóis imitando as Caraíbas,
o Troy na sua azáfama de um lado para o outro
da calçada, Ali, Álvaro, Mohamed,
a costura total do horizonte,
eu no meio, arrebatado, na onda do mundo,
do Universo só [...]
Antonio Hernández, O Mundo Inteiro,
Lisboa: Língua Morta, Setembro 2012
[Santa Cruz, 22/09/12]
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