segunda-feira, 10 de setembro de 2012

T de Tempo Sem Tempo (XII)

coitado de quem não ouve
o fenecer pausado das roseiras
pequenino serrote intransigente


há um rumor de escravos pelos gestos
todos os gestos
ímpares sempre     e impuros
- e o tempo despe as horas de segredos



José Manuel Pressler, Filipa,
Lisboa: editado por Manuel de Castro, 1967

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