NECROFILIA
Estás morto. Eu sei. Mas amo-te.
Os meus amigos tentam distrair-me
com jogos, festas, copos e viagens.
Os meus pais sugerem-me com doçura
que podia consultar algum psiquiatra
de renome. Meu amor, que absurdo tudo isto.
Só tenho certeza de uma coisa:
não voltarei mais ao cemitério
até que o meu telefone toque
e a tua voz me peça um encontro.
Amalia Bautista, Cárcel de Amor,
Sevilla: Editorial Renacimiento, 1988
[trad. ID]
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