Não interessa se falho na tarefa,
ao fim e ao cabo o imutável sempre
continuará imutável, e nada
somo ou tiro. A lua estará quieta
despertando-me sempre. Enquanto as margens
continuarão rasgadas pelo mar.
O sol continuará esse implacável
assombro. Sempre haverá uma aranha
a vomitar cristal e seda juntos.
Sempre haverá névoa. E continuará
a feroz ternura das tuas mãos.
Amalia Bautista, Estou Ausente,
trad. Inês Dias,
Lisboa: Averno, 2013
[Lisboa, 19/03/13]
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