Ando a regar o alecrim do norte.
Que bem que cheira! É só pr'a mim,
Ninguém m'o corte...
Onde eu passo tudo reverdece,
Não há inverno, fica tudo em flor...
Ressuscitai, flores do tapete,
Ganhai cor...
Sou jardineira.
Ando a regar a Morte...
E as covas não abrem a florir!...
É sina minha. É a minha sorte.
António Patrício, O Fim, Porto: Lello & Irmão, 1909
[Ontem ao som de António Fragoso]
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