Era a partir desta morna que eu costumava explicar a lírica camoniana aos meus alunos:
Oh camponesa formosa
De olhos gentis de matar
Vem clarear-me a tristeza
Vem clarear-me a tristeza
Com a luz do teu olhar
Mostra-me o trilho florido
Que ao teu afecto conduz
Dá-me o teu braço amorável
Dá-me o teu braço amorável
Sou um ceguinho sem luz
Tu que descalça e risonha
Percorres montes e vales
Deixa que eu siga os teus passos
Deixa que eu siga os teus passos
Deixa que esqueça os meus males
Leva-me assim pela mão
Lá pelos romances da serra
Tira-me tudo, a cidade
Tira-me tudo, a cidade
Que me entristece a terra
Quero ser para ti como Jacob a Raquel
Quero morrer a teus pés
Quero morrer a teus pés
Como teu cão mais fiel
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