sábado, 16 de fevereiro de 2013

P de Poética (XLI)

[...]

A poesia não existe para ornamentar, consolar ou sequer servir de contraponto às dificuldades do trabalho. Ela só existe se se dissolver no ar. Se se oferecer à respiração. Precisamos de oxigénio, da falha que é a construção do poema enquanto busca de luz e salvaguarda da noite que há na noite, essa que se dá sempre de maneira única e intempestiva. [...]


Silvina Rodrigues Lopes
in Telhados de Vidro  n.º4,
Lisboa: Averno, Maio de 2005

1 comentário:

Odracir disse...

É a razão porque as coisas mais difíceis são as mais simples. Como as perguntas das crianças.