domingo, 25 de agosto de 2013

P de "Postais do fim do mundo" (III)


Dizer tudo um ao outro num diálogo de surdos,
incerto dizer sem dizer o nada onde
a vida não se viva nunca a dizer
a ruína e o mar, o bolor da espuma,
a caliça nos cabelos molhados.


Rui Baião, Rude,
Lisboa: Averno, 2012




[Santarém / Agosto 013]

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