NÃO VALE A PENA
Não vale a pena viver tanto
e tão heroicamente como ontem à noite.
Foi o vazio (e a sua mãe, a ansiedade)
quem marcou as fronteiras que tivémos
de atravessar, os tórridos caminhos
por onde fomos a lado nenhum,
achando-nos os reis da festa.
Não vale a pena que as luzes
da manhã doam e não salvem.
Luis Alberto de Cuenca, Sin medo ni esperanza,
Madrid: Visor, 2002
[Trad. ID]
Sem comentários:
Enviar um comentário