Depressa antes que se veja
traz a água quente, a água
oxigenada, o mercúrio, a tintura,
a lixívia, a borracha.
Cortei, desenhei do outro lado
um fruto, forma de uma linha
única, queria pôr do outro lado
outro coração. Mas não há
outro lado nem outro coração,
depressa não quero que vejam
não quero.
Helder Moura Pereira, Mercúrio,
Lisboa, frenesi, 1987
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