"Segunda-feira
Desde que comecei a escrita do diário vejo que te interessas ainda muito por mim.
Terça-feira
Sinto que desejas ler o que escrevo.
Quarta-feira
Hoje removi as pedras no horto para que pensasses que escondia aí estas páginas. E, de facto, tu repetiste os meus gestos e ficaste desiludido.
Quinta-feira
Leio nos teus olhos que estás a sofrer. Então é verdade que ainda me queres bem.
Sexta-feira
Hoje quero que encontres estas pequenas linhas e percebas que és a minha vida."
Tonino Guerra, Histórias para uma noite de calmaria,
trad. de Mário Rui de Oliveira, Lisboa, Assírio & Alvim, 2002
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