Os poemas têm veneno na boca.
Na estrada da minha vida
plantei a árvore
sem saber quem era.
Em que parte do planeta
há mais ódio?
A matéria
erosiva transforma o corpo
e não há regresso. Não
restará um monte de estrume.
Em todo o lado
parece que o mundo em desordem
pouco a pouco enlouqueceu
e os homens atam a corda
à espera que aconteça.
São infelizes
mas não o suficiente.
Não sabem dizer
porque se esquecem de amar.
Isabel de Sá
in BRILHO NO ESCURO - Revista de Poesia,
nº3 - Inverno de 2009
(Tiragem - 100 exemplares)
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