ESPERA
Quando estou sem remédio
tudo jaz em torno ao berço
parado quieto seguro
As janelas não convidam
as lâminas desanimam
o gás nada promete
Em cada quina uma espuma
embota o gume
em cada gesto um arreio
rasga a vontade
Ninguém se atreve
no auge da tristeza
Sem luz ninguém se apaga
Porque estou assim
pensam que me conformo
mas um fósforo molhado
ainda pode secar
parado quieto seguro
As janelas não convidam
as lâminas desanimam
o gás nada promete
Em cada quina uma espuma
embota o gume
em cada gesto um arreio
rasga a vontade
Ninguém se atreve
no auge da tristeza
Sem luz ninguém se apaga
Porque estou assim
pensam que me conformo
mas um fósforo molhado
ainda pode secar
Fabio Weintraub, Baque,
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