Poesia, risco, amor. Neste feixe repete-se um rosto.
Rosto furador de muralhas, como verifica o poeta Paul Éluard, e do planeta minúsculo faz-se a partida para ilimitadas terras.
Acendem-se pássaros em pleno céu. A terra treme e o mar inventa canções novas. O cavalo do sonho galopa em cima das nuvens. A flora e a fauna transformam-se. A cortina do son, que ainda há pouco desceu sobre o tédio do velho mundo, volta a levantar-se para surpresas de astro e areia. E vingados que ficamos dos minutos lentos, dos corações tépidos, das mãos racionais, finalmente olhamos.
[...]
René Crevel
(na introdução que termina, citando
A poesia não é acto de um, mas de todos.)
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