O AMOROSO QUOTIDIANO
A juventude é transparente,
é bom olhar através dessa transparência
(esta palavra já foi conspurcada pla
muralha repugnante dos políticos)
§
Excursões por livrarias, templos, jardins,
almoços, jejuns, faltas de dinheiro,
dores de dentes, jornais com anúncios luminosos,
amigos que morrem mal e ressuscitam bem impressos
§
A minha morte, o meu amor, o meu trabalho:
escutar-te todos os dias, à distância de muitos tiros,
calhandra toda lábios, em vôos coloridos
António Barahona, Maçãs de Espelho,
Lisboa: Língua Morta, 2012
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