pedra sobre pedra o seu desejo, o seu espanto.
Tinham de mudar o curso desses rios
tinham de suar. O sonho em ressaca
varria-lhes a vida. Não paravam.
As palavras eram o mais árduo
ofício de inventar. Julgavam que sabiam
com palavras. Os céus lentamente evoluíam
havia sempre a noite e sempre o dia.
Nunca suspeitaram que morriam.
Carlos Poças Falcão, Arte Nenhuma (Poesia - 1987-2012),
Guimarães: Opera Omnia, 2012
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