sexta-feira, 30 de novembro de 2012

S de Solidão (ou C de Comunidade) LIII

Deixa-o, a ele que ocupa
o seu reduto. Nunca te afastes
nunca te aproximes. Deixa-o
buscar a sua água. Que ele arde
por trás da pele e tu cheia de sol
ardes também dentro do sangue.
Aprende a liberdade das distâncias
a sabedoria de não tocar em nada.
Cada estrela em sua solidão.
Cada solidão como uma estrela.


Carlos Poças Falcão, 
Arte Nenhuma (Poesia 1987-2012), 2012

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