O APARTAMENTO
Que mais posso pedir além de tudo isto?
Estou sozinho no meu apartamento,
não há uma desordem demasiado grande
nem demasiado pequena,
o telefone está decapitado
e a única coisa que diz é um zumbido
intermitente, como se me falassem
uma série de relógios aborrecidos.
Não tenho de suportar outro passado
além desse breve poema que leste,
com este único verso de presente,
sem mais futuro do que acabar um livro.
Viver assim, sem mais, remoendo o seco
e aturdido sabor do infinito.
Fernando López de Artieta
[Trad. ID]
Sem comentários:
Enviar um comentário