Este poema seria teu, Inês,
se não fosse de ninguém.
Ao chegarmos de Lisboa,
depois da paragem ritual
no Café Lisbela - onde tudo
se compra e tudo se perde -,
vimos uma cadeira de rodas
à venda, uma motorizada
ao lado, uma igreja vazia
da qual certamente gostariam
Andrei Tarkovsky, Tonino
Guerra ou Ana Teresa Pereira.
[...]
Manuel de Freitas, Motet pour les trépassés,
Lisboa: Língua Morta, 29 de Junho de 2011
* Este post, tal como este, serão sempre também da Célia e do Rui, que, há dois anos, nos fizeram sentir que, apesar de tudo, ainda havia margens. Obrigada.
1 comentário:
Sempre...
Beijo.
Céla
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