"Um voto arrasta consigo uma constelação de disposições motoras e espirituais elementares, isto é, fazer um voto implica uma palavra proferida entre iguais ou uma palavra silenciosa pertença do foro íntimo, mas, seja como for, implica sempre esse compromisso com a palavra que lança as suas sombras sobre o momento seguinte, dirige a conduta, prefigurando continuamente os contornos da memória que todo o futuro contém. Por isso fazer um voto exige uma palavra proferida e alguém que a escuta - mesmo que seja um ouvinte interior, invisível - e a toma como palavra dada."
Maria Filomena Molder
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