5.
Nunca separei um sorriso do amor.
Circula essa jornada confusa,
um afã não dito,
um amargo que muda
O silêncio não precisa de provocar
o que não ouve, lá fora, na madressilva.
A glicínia a magnólia o cacilheiro
cada margem.
Um sorriso.
Nunca separei um sorriso do amor.
Circula essa jornada confusa,
um afã não dito,
um amargo que muda
em ternura.
Tranquila vibração,
recôndita fugacidade, solta
o gemido que vai da língua à garganta,
semente de uma ave.
recôndita fugacidade, solta
o gemido que vai da língua à garganta,
semente de uma ave.
Enleia num alento o outro enleio.
O silêncio não precisa de provocar
o que não ouve, lá fora, na madressilva.
A glicínia a magnólia o cacilheiro
cada margem.
Um sorriso.
Joaquim Manuel Magalhães, "Homossexualidade",
in Telhados de Vidro n.º 4, Lisboa, Averno, Maio de 2005
in Telhados de Vidro n.º 4, Lisboa, Averno, Maio de 2005
[ID, Maio 016]
1 comentário:
Tudo muito bonito.
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