terça-feira, 30 de março de 2010
U de "Últimos olhos"
Às vezes há coisas que gostava de fotografar, para as poder conservar de algum modo. No sábado, por exemplo, gostava de ter fotografado a cinza que ia crescendo no cigarro, sem cair, enquanto se lia um poema chamado "O fumo" - a cinza que esperou até que o poema terminasse. Se calhar é por isso que gosto dos filmes de Wong Kar-Wai (ou do filme de Tom Ford), em que um instante desses se pode transformar num plano lento e incrivelmente belo e perfeito.
sábado, 27 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
P de Postais (II)
Este veio de uma livraria pequenina em Montmartre, com tantos livros de poesia espalhados por todo o lado que mal se conseguia entrar. Enfim, o paraíso...
P de Primavera (VII)
sábado, 20 de março de 2010
M de Museu Imaginário (II)
sexta-feira, 19 de março de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
E de Espinhas para um gato
O Barnabé já devia conhecer este poema antes de mim...
CAT IN AN EMPTY APARTMENT
Die - you can't do that to a cat.
Since what can a cat do
in an empty apartement?
Climb the walls?
Rub up against the furniture?
Nothing seems different here,
but nothing is the same.
Nothing has beem moved,
but there's more space.
And at nightime no lamps are lit.
Footsteps on the staircase,
but they're new ones.
The hand that puts fish on the saucer
has changed, too.
Something doesn't start
at its usual time.
Something doesn't happen
as it should.
Someone was always, always here,
then suddenly disappeared
and stubborny stays disappeared.
Every closet has been examined.
Every shelf has been explored.
Excavations under the carpet turned up nothing.
A commandment was even broken:
papers scattered everywhere.
What remains to be done.
Just sleep and wait.
Just wait till he turns up,
just let him show his face.
Will he ever get a lesson
on what not to do to a cat.
Sidle toward him
as if unwilling
and ever so slow
on visibly offended paws,
and no leaps or squeals at least to start.
Wislawa Szymborska
in The Great Cat - poems about cats
(Everyman's Library)
T de Tratado de Pedagogia (III)
Com muitos anos de atraso, descubro estas palavras na parede do meu antigo liceu. As escolas, apesar de terem centenas de pessoas lá dentro, podem ser sítios muito solitários também:
(Lisboa, Março 2010)
sábado, 13 de março de 2010
P de Primavera (V)
En ce monde nous marchons
sur les toits de l'enfer
et regardons les fleurs.
sur les toits de l'enfer
et regardons les fleurs.
Kobayashi Issa
sexta-feira, 12 de março de 2010
P de Primavera (IV)
A Primavera trabalha em part-time no Mercado da Flor da Ribeira:
2ª e 4ª das 7h às 14
e 6ª das 16h às 20h.
quarta-feira, 10 de março de 2010
P de Primavera (III)
E ninguém pára a Primavera. Ela ri-se do perigo e infiltra-se, com as suas floritas aparentemente inocentes, até nas instalações eléctricas mais sérias. Como nesta, que vejo quase todos os dias:
sábado, 6 de março de 2010
B de Biorritmo (XV)
quinta-feira, 4 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
P de Primavera (II)
Tenho a sorte de estar rodeada por pessoas para quem, independentemente de chuvas e cansaços, a Primavera já chegou - ou está mesmo a chegar.
Ribatejo/2008
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