MAIS ALÉM
Mais além,
o bosque é um biombo:
Não consigo ver o que oculta.
O vento assobia o nome das árvores.
Ouve-se passar um comboio.
Reconheço-me
na peça que une as duas carruagens.
E a maior é sempre a da morte.
Josep M. Rodríguez
in Telhados de Vidro n.º14, trad. Manuel de Freitas,
Lisboa: Averno, Setembro de 2010
[Nascer do sol entre Vigo e Porto, Março de 2011]