Walker Evans, "Living Room, West Viriginia, 1935"
sábado, 31 de outubro de 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
C de Caroço de Azeitona
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
L de Ler (II)
"Começo todas as manhãs com um punhado de versículos*, para que o meu dia tenha um fio condutor. Posso depois dispersar-me durante o resto das horas correndo atrás do que tenho para fazer. No entanto mantive para mim um penhor de palavras duras, um caroço de azeitona para andar a girar na boca."
Erri de Luca, Caroço de Azeitona, Lisboa: Assírio & Alvim, 2009
* No meu caso, substitua-se versículos por versos ou frases. Mas este livro é verdadeiramente luminoso, apesar dos tropeções da tradução e da revisão. O Saramago devia lê-lo para aprender.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
M de (Como é que alguém pode ter) Medo (de mim?)
Uma das muitas coisas que me fazem medo desde pequena: pavões.
Felizmente não são assim tão comuns na cidade, mas ainda assim tenho de circular com cuidado por alguns lugares que adoro: os jardins do Museu da Cidade, o Jardim Botânico da Ajuda, o antigo Jardim das Colónias...
Jardim Botânico da Ajuda, Julho 2009
Felizmente não são assim tão comuns na cidade, mas ainda assim tenho de circular com cuidado por alguns lugares que adoro: os jardins do Museu da Cidade, o Jardim Botânico da Ajuda, o antigo Jardim das Colónias...
Jardim Botânico da Ajuda, Julho 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
M de Maternidade (II)
domingo, 11 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
T de Tratado de Pedagogia
LE CANCRE
Il dit non avec la tête
Mais il dit oui avec le coeur
Il dit oui à ce qu'il aime
Il dit non au professeur
Il est debout
On le questionne
Et tous les problèmes sont posés
Soudain le fou rire le prend
Et il efface tout
Les chiffres et les mots
Les dates et les noms
Les phrases et les pièges
Et malgré les menaces du maître
Sous les huées des enfants prodiges
Avec des craies de toutes les couleurs
Sur le tableau noir du malheur
Il dessine le visage du bonheur.
Jacques Prévert
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
B de Biorritmo (V)
Enviaram-me hoje esta prenda. E decretaram oficialmente que este 7 de Outubro tão cinzento voltava a ser um 5 de Setembro cheio de amigos e de sol (com o respectivo protector solar, claro). Merci.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
C de Coimbra (para a Maria Manuel)
JARDIM DA SEREIA
Nem Bach, o pai, foi capaz
de eternizar esta cadência.
Em Byrd, por vezes, reencontro-a.
Junta as folhas uma a uma,
com um pequeno ancinho,
e sorri, distante, aos que se
namoram - furtivos artesãos da morte.
Um cigarro pende-lhe
da boca, todas as manhãs.
Talvez ouça, como nenhum
de nós, o canto da sereia
e estejam livres, afinal,
as mãos presas que nos salvam.
Nem Bach, o pai, foi capaz
de eternizar esta cadência.
Em Byrd, por vezes, reencontro-a.
Junta as folhas uma a uma,
com um pequeno ancinho,
e sorri, distante, aos que se
namoram - furtivos artesãos da morte.
Um cigarro pende-lhe
da boca, todas as manhãs.
Talvez ouça, como nenhum
de nós, o canto da sereia
e estejam livres, afinal,
as mãos presas que nos salvam.
Manuel de Freitas, Juros de Demora, Lisboa: Assírio & Alvim, 2007
M de "MOSAICO"
Altos e baixos deformam o terreno.
Ervas daninhas apoderam-se das juntas.
Mas o tempo, surpreendente invenção
do mundo antigo, até no desperdício
procurou o equilíbrio: o pavimento
regenera-se, aproveitando a mesma pedra
da calçada original.
Continuam por aqui os destroços
do naufrágio. Todavia, estes nós são mais
complexos, cada vez querem mais corda.
Há um pássaro estendido sobre si,
voando para dentro do abismo.
Há uma janela aberta, pela qual a chuva
se recusa. Que outros elementos
vos parecem deslocados?
Estas são, afinal, as vossas vidas.
Direcções sobre as quais nada sabemos.
Ervas daninhas apoderam-se das juntas.
Mas o tempo, surpreendente invenção
do mundo antigo, até no desperdício
procurou o equilíbrio: o pavimento
regenera-se, aproveitando a mesma pedra
da calçada original.
Continuam por aqui os destroços
do naufrágio. Todavia, estes nós são mais
complexos, cada vez querem mais corda.
Há um pássaro estendido sobre si,
voando para dentro do abismo.
Há uma janela aberta, pela qual a chuva
se recusa. Que outros elementos
vos parecem deslocados?
Estas são, afinal, as vossas vidas.
Direcções sobre as quais nada sabemos.
Vítor Nogueira, Mar Largo,
Lisboa: &etc, 2009
Lisboa: &etc, 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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