sábado, 28 de janeiro de 2012

E de "É assim que se faz a História. Sem palavras a mais." (XII)

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Poesia, risco, amor. Neste feixe repete-se um rosto.

Rosto furador de muralhas, como verifica o poeta Paul Éluard, e do planeta minúsculo faz-se a partida para ilimitadas terras.

Acendem-se pássaros em pleno céu. A terra treme e o mar inventa canções novas. O cavalo do sonho galopa em cima das nuvens. A flora e a fauna transformam-se. A cortina do son, que ainda há pouco desceu sobre o tédio do velho mundo, volta a levantar-se para surpresas de astro e areia. E vingados que ficamos dos minutos lentos, dos corações tépidos, das mãos racionais, finalmente olhamos.

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René Crevel
(na introdução que termina, citando 
A poesia não é acto de um, mas de todos.)



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