"[...]
Raios me partam se não fujo!
Desta chuva que me inquieta a memória. Aquela
tarde como cascas de ovos a estalar entre os dedos matando possíveis nascentes
ou ludibriando os pássaros para voar sobre umas asas escondidas de penas soltas.
Entre luzes de néon e cartazes gigantes, uma
sombra muito pálida de alguém que não dormiu. Prestes a despenhar-se. Segura-se
nas grades.
[...]"
Silvina Rodrigues Lopes, E se-pára, Lisboa, Hiena Editora, 1988
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