Coberta que fosse
de aves, ficava
num longo dizer
a rapariga. Havia misturado
um perfume a erva brava
e a canela. Nem sei
por que me lembro
do que já queima
os lábios, agora que se dobra
o coração no frio.
José Carlos Soares
in Telhados de Vidro n.º5,
Lisboa: Averno, Novembro de 2005
Sem comentários:
Enviar um comentário