Eu falei da tua morte. Da ave
que levantou a palavra
morte, injusta e funesta no
seu ser. Da tua morte falo.
Do meu discurso nenhum sábio
saberá admitir a unidade, o
tempo infinito formando verão
e mar, o longo nome de ti.
Fim ou movimento? Toda a
unidade será sempre uma
ausência e um excesso.
Sobre os lábios do homem a
única duração da vida é razão
de um silêncio ou de uma rosa?
- João Miguel Fernandes Jorge, Sob Sobre Voz (1971)
Sem comentários:
Enviar um comentário